Comércio local

Já pensou no que seria da nossa terra sem uma única loja? Sem um único empresário? Uma única empresa? Nunca reclamou do facto de não existir aquela loja que tem os produtos que necessita aqui na freguesia? Ou do porquê dos comerciantes fecharem portas cada vez mais e deslocarem-se para as cidades? Então se o faz, pare para pensar na sua forma de consumo, pois somos todos responsáveis pelo comércio que existe à nossa volta.  

Todos os dias, várias pessoas da nossa freguesia se dedicam ao comércio dentro da localidade. Mais do que o seu ganha-pão, fazem disso a sua missão, de forma a contribuir para um maior bem-estar de todos. São eles o pequeno café ao lado da sua casa, o pronto-a-vestir ao fundo da rua ou até mesmo a sua vizinha que arranja unhas. 

Quantas vezes não agarramos no carro para ir às compras bem mais longe do que o necessário. Por vezes justificamos esse facto pelo preço mais baixo, pela falta de escolha ou apenas porque queremos ir dar um passeio. Todos eles são argumentos válidos, mas nem sempre são verdadeiros. Nem sempre os produtos que compramos a um preço extremamente baixo nas grandes superfícies comerciais ou a qualidade duvidosa de alguns produtos compensam a nossa deslocação. Pior que isso, o nosso vizinho ficou sem vender. Poderia até vender mais caro, mas teria todo o gosto em nos deixar bem servidos.

Ao consumir dentro do comércio local está não só a ser solidário com os comerciantes que provavelmente são seus vizinhos e amigos, mas também a melhorar o seu próprio bem-estar, a criar oportunidade de emprego dentro da comunidade, a permitir que o poder de compra se mantenha ativo nas pessoas que o rodeiam e que muito provavelmente o irão beneficiar também. 

Um dos objetivos a que nos propomos enquanto jornal é dar a conhecer essa realidade. Sensibilizar para a importância de consumir aqui dentro como forma de crescimento de toda a freguesia. Em todos os tempos, mas principalmente em tempos de crise, precisamos de nos manter unidos, de ter ideias inovadoras, de criar oportunidades, de construir laços e formar a união. Se não tivermos ninguém na terra a produzir, a construir, a criar, ficaremos à mercê daquilo que houver lá fora, o que por vezes poderá ser escasso ou insatisfatório. 

Pense duas vezes antes de consumir fora do comércio local. Se realmente compensa, se vale a pena a deslocação e se a sua própria comunidade não merece o seu contributo.

Veja a edição completa de Março em http://www.mediafire.com/view/rt28w22r2a43syt/jornal.pdf

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